Em 2019, a produção agrícola de Pernambuco cresceu 14,2%, em relação ao ano anterior. Nesse período, também foi registrado o maior aumento dessa atividade, em 45 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado, o melhor desde 1974, foi puxado pela cana-de-açúcar e pela fruticultura, especialmente de uva, manga e banana.
O valor da produção agrícola, nesse período, chegou a R$ 4,5 bilhões, atingindo um novo recorde na série histórica da Produção Agrícola Municipal (PAM). Os dados do IBGE foram divulgados nesta quinta-feira (1º).
As culturas de cana-de-açúcar, de uva, manga e banana lideram em toneladas colhidas. Elas, somadas, respondem a 73,8% do valor de produção dos cultivos realizados no estado.
No ranking de valor de produção, em Pernambuco, está a uva, com aumento de 25,1%, rendendo aos produtores R$ 1,250 bilhão.
Esse foi o maior valor arrecadado entre os 19 estados brasileiros que cultivam a fruta. Em quantidade produzida, o estado perde apenas para o Rio Grande do Sul, que colheu 667 mil toneladas, enquanto Pernambuco obteve 456 mil toneladas.
Quase todos os 8,7 mil hectares de uva cultivados em Pernambuco são da região do Sertão do São Francisco, devido ao clima favorável, tecnologia e mão de obra qualificadas. O cultivo tem rendimento médio de 51 toneladas por hectare, o maior entre todos os produtos agrícolas do estado.
Em segundo lugar vem a cana-de-açúcar, sendo o estado o oitavo maior produtor nacional, tanto na quantidade de toneladas produzidas quanto no valor de produção.
A cultura rendeu R$ 1,96 bilhão, com uma variação de 2,44% em relação a 2018. Houve queda de 3,57% no número de toneladas colhidas, passando para 12,1 milhões, com rendimento de 53 toneladas por hectare.
A manga, que também se concentra na região do São Francisco, levou Pernambuco à primeira posição entre os estados com maior produção nacional, com 456 mil toneladas. Em relação ao valor de produção, Pernambuco fica atrás apenas da Bahia, com R$ 549 milhões, com uma queda de 3,53% entre 2018 e 2019.
A banana passou a ocupar o 5º lugar nacional tanto em valor de produção quanto nas toneladas colhidas. Foram produzidas 491 mil toneladas (em cacho) da fruta no ano passado, 12% a mais do que em 2018, e o valor de produção chegou a R$ 469 milhões, um aumento de 63,4% no período.
O estado é o maior produtor nacional de goiaba e o que mais lucra com essa cultura: em 2019, foram colhidas 210 mil toneladas do produto, que renderam R$ 396 milhões em valor de produção, aumento de 20,9% entre 2018 e 2019.
Devido à seca, as culturas temporárias, como o milho e o feijão em grão, foram prejudicadas. Com o feijão, a produção foi de 47 mil toneladas e foram plantados, em duas safras, 178 mil hectares. No entanto, foram colhidos 122 mil hectares, uma redução de 31,4%.
O milho, por sua vez, teve redução de 53% entre a área plantada nas duas safras anuais, que foi de 169 mil hectares, e a área colhida, de 79 mil hectares.
Houve uma queda de 40,2% na quantidade de toneladas produzida entre 2018 e 2019. O valor de produção da cultura acompanhou a queda e foi R$ 41 milhões, redução de 43% em relação ao ano anterior.
Pernambuco teve 581 mil hectares de área colhida, sendo a maior parte na Zona da Mata, onde o cultivo de terras agrícolas consumiu 203 mil hectares.
Já no Sertão do São Francisco, a área colhida é aproximadamente quatro vezes menor: 53 mil hectares, empatada com o Grande Recife. Petrolina e Ipojuca são as cidades com maior número de hectares destinados à agricultura, com 22 mil, cada.
Com R$ 2,498 bilhões, a região do São Francisco tem o maior valor de produção agrícola do estado, seguida pela Zona da Mata Pernambucana, com R$ 1,94 bilhão. Isso corresponde aos locais onde a fruticultura e a cana-de-açúcar dinamizam a economia.
Em primeiro lugar vem Petrolina, que, sozinha, movimenta R$ 1,627 bilhão em valor de produção agrícola. Em seguida vêm Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande, na mesma região, com R$ 331 milhões e 279 milhões, respectivamente.
Em quarto e quinto lugar estão Vicência, com R$ 135 milhões, e Ipojuca, com R$ 123 milhões. Belém do São Francisco e São Vicente Férrer, município conhecido por sua produção de bananas, estão empatadas em R$ 88 milhões.
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